MC Cabelinho lança clipe de “Rastafari” gravado em Santo Amaro, no Maranhão
Reprodução/Redes Sociais
O cantor, compositor e ator MC Cabelinho, de 29 anos, lançou, nessa segunda-feira (1), o clipe de “Rastafari”, gravado em Santo Amaro do Maranhão. O clipe trouxe uma imersão no universo do reggae com uma forte conexão local.
O clipe traz o cantor vestindo roupas nas cores verde, vermelho e amarelo, incluindo a camisa “Jamaica Brasileira”, do artista maranhense Origes, em referência à cultura do reggae.
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As imagens também mostram elementos típicos da cena local, como radiolas e o estilo de dança “agarradinho”, característica dos clubes de reggae do estado. Além disso, cenas foram gravadas em meio às dunas dos Lençóis Maranhenses. Assista ao clipe abaixo.
Além de MC Cabelinho, participam do vídeo a modelo maranhense Jacy Furtado, o psicólogo e escritor Rômulo Mafra e o cantor Marco Gabriel. Segundo o artista, a escolha de Santo Amaro para as gravações reforça um elo afetivo com suas raízes, já que a cidade está ligada à história de seu avó, que nasceu em São Luís.
Com uma referencia à Raul Seixas, Mc Cabelinho retratou, através da música, a transição entre os diversos ritmos que coleciona na carreira musical, que agora inclui o reggae.
Prefiro ser essa metamorfose ambulante. Fazendo reggae, rap, trap e funk.
Mc Cabelinho vestiu roupas nas cores do reggae
Divulgação
Reggae na cultura do Maranhão
Em São Luís, já conhecida como “Jamaica Brasileira”, a aderência do reggae à cultura se deu inicialmente na periferia, onde ganhou novos ritmos e, inclusive, um jeito único de dançar: agarradinho. Na capital maranhense também existe o Dia Municipal do Regueiro, comemorado no dia 5 de setembro.
O movimento musical teve grande repercussão no Maranhão a partir dos anos 1970. Segundo pesquisadores, há hipóteses de que o reggae tenha chegado pelas ondas de rádio emitidas do Caribe, ou por marinheiros que, descendo no porto, traziam discos para São Luís.
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A especialista em Jornalismo Cultural e mestra em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Karla Freire, afirma que, naquela época, o gênero ainda era visto com um grande preconceito social e racial, devido a sua força e identificação, principalmente, entre as camadas mais pobres da sociedade ludovicense.
Mas, apesar das contradições socioeconômicas, aos poucos o reggae foi ganhando destaque, e espaços que antes eram visitados apenas por uma parcela da sociedade da capital foram tendo uma nova visibilidade.
Atualmente, São Luís tem centenas de radiolas, com DJs. As bandas se multiplicaram e a cidade ganhou em 2018 o primeiro museu temático sobre o ritmo, fora da Jamaica, o Museu do Reggae Maranhão.
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