Elevador da Glória: bondinho que descarrilou é cartão-postal de Lisboa

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Elevador da Glória, em Lisboa
Divulgação/Carris
O Elevador da Glória, bondinho que descarrilou e deixou mortos nesta quarta-feira (3) em Lisboa, é um dos principais cartões-postais da capital de Portugal.
Fazer um passeio nos carros amarelos, chamados por lá de elétricos, é programa praticamente obrigatório para os turistas.
Não existem brasileiros entre vítimas, diz embaixador
Os bondes circulam por algumas linhas em Lisboa e são administrados pela Companhia Carris de Ferro, uma empresa municipal. A linha mais famosa é a 28, que percorre o centro histórico da capital.
Alguns desses bondinhos fazem as vezes de elevadores ou funiculares. É o caso da linha onde aconteceu o acidente, que é a mais frequentada pelos turistas: a 51, chamada Ascensor Glória.
Vista para o Castelo de São Jorge, no centro de Lisboa
Globo Repórter
São dois percursos: Glória – S. Pedro Alcântara, o de subida, e Glória – Restauradores.
Restauradores se refere à Praça dos Restauradores, onde fica a Calçada da Glória, na chamada Baixa (a parte baixa do bairro).
De lá, o bondinho sobe uma ladeira bastante íngreme até chegar ao Bairro Alto, onde fica o famoso Miradouro de São Pedro de Alcântara, que oferece uma das melhores vistas para o Castelo de São Jorge, outro ponto turístico de Lisboa.
O acidente aconteceu no trecho de descida: veja o mapa abaixo.
Infográfico mostra local do acidente com bondinho em Lisboa
Arte/g1
Transporte histórico
Os primeiros elétricos foram importados dos EUA, em 1901, para substituir as carruagens puxadas por cavalos.
Os bondes chegaram a ser o principal transporte público na cidade. No auge, nos anos 1950, chegaram a 500. Em 2019, eram pouco mais de 60, como informou o Jornal Hoje: reveja a reportagem abaixo.
Reveja reportagem do Jornal Hoje de 2019: uma volta de bondinho por Lisboa
O Elevador da Glória tem duas unidades, segundo a Carris. Cada um dos dois bondes tem capacidade para 22 pessoas sentadas e 20 em pé.
As imagens mais atuais mostram os bondinhos com grafites e pichações, mudando um pouco a identidade do amarelo clássico.
Em outubro de 2023, a Carris comemorou nas redes sociais os 138 anos da atração: “Desde 1885, a subir esta colina em cerca de 3 minutos!”.
Após o acidente, a empresa disse que “foram realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção, nomeadamente a manutenção geral, que ocorre a cada quatro anos e que ocorreu em 2022, a reparação intercalar, que é concretizada de dois em dois anos, tendo, neste caso, a última sido realizada em 2024, e têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária”.
Existem outros bondes que são elevadores ou funiculares na capital portuguesa: o Ascensor do Lavra e o Ascensor da Bica. A Carris também é responsável pelo Elevador de Santa Justa, que não funciona em trilhos.
Elevador da Glória, em Lisboa, em foto de abril de 2023
AP Photo/Armando Franca
Imagens mostram acidente no Elevador da Glória, ponto turístico de Lisboa
Foto do local do acidente com Elevador da Glória postada por morador de Lisboa em rede social
Facebook / Reprodução
Rede de bondinhos em Lisboa atrai moradores e turistas: reveja reportagem do Jornal Hoje de 2015
Lisboa, com mais de 3 mil anos de história, foi reconstruída após terremoto de 1755, mas ainda guarda relíquias
Globo Repórter – Travessia por Lisboa – 07/10/2022

https://g1.globo.com/

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