Nome de Donald Trump é citado diversas vezes em investigação de Jeffrey Epstein
A Câmara dos Representantes dos EUA divulgou nesta terça-feira (2) centenas de arquivos recebidos do Departamento de Justiça sobre as investigações de tráfico sexual envolvendo Jeffrey Epstein e sua ex-namorada, Ghislaine Maxwell.
As pastas colocadas à disposição contém centenas de arquivos de imagens e mais de 33 mil páginas de processos judiciais antigos relacionados a Epstein e Maxwell. Também há arquivos de vídeo que parecem ser imagens de câmeras corporais de buscas policiais, bem como entrevistas com vítimas com seus rostos à mostra.
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Epstein morreu em 2019, na prisão, enquanto aguardava julgamento. Entre os anos 1990 e 2000, ele manteve uma relação de amizade com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Muitos americanos acreditam que os documentos do caso incluem uma lista de clientes poderosos que abusavam de jovens menores de idade, em um esquema comandado por Epstein. Trump, entre outras figuras do alto escalão, supostamente estaria na lista.
Trump nunca foi investigado sobre o caso e afirma ter se afastado do bilionário quando as denúncias de abuso sexual vieram à tona.
O Departamento de Justiça divulgou os arquivos à comissão em resposta a uma intimação, mas os democratas no comitê disseram que os arquivos contêm, em sua maioria, informações que já eram de conhecimento público.
Ainda assim, cresce a pressão no Congresso para que os parlamentarem ajam para que mais arquivos do caso sejam liberados ao público.
O presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, tenta conter atualmente uma tentativa de democratas e alguns republicanos de forçar a votação de um projeto de lei que exigiria que o Departamento de Justiça divulgasse todas as informações contidas nos chamados arquivos de Epstein, com exceção das informações pessoais das vítimas.
Donald Trump aparece em uma festa ao lado de Jeffrey Epstein.
Reprodução/Netflix
Promessa de campanha
Durante a campanha de 2024, Trump prometeu mais de uma vez que, se voltasse à Casa Branca, tornaria públicos arquivos secretos sobre as investigações do caso. Durante uma entrevista, ele disse ser “muito estranho” que uma lista de clientes de Epstein nunca tivesse sido divulgada.
“É muito interessante, não é?”, afirmou. Trump também garantiu que “não teria problema” em revelar os nomes.
A lista de Epstein seria um suposto documento com nomes de pessoas envolvidas no escândalo sexual — algo que nunca foi oficialmente confirmado.
Em fevereiro, o governo dos EUA divulgou uma série de arquivos sobre o caso. A procuradora-geral de Trump, Pam Bondi, chegou a dizer que uma lista de clientes de Epstein estava em sua “mesa para ser revisada”.
Mas uma reviravolta começou nos meses seguintes:
Em junho, o bilionário Elon Musk fez com que o caso voltasse à mídia durante uma briga pública com Trump.
À época, ele publicou no X que o nome do presidente aparecia nos arquivos de investigação. O post acabou sendo apagado, e Musk pediu desculpas.
Um mês depois, o Departamento de Justiça dos EUA divulgou uma nota oficial afirmando que Epstein cometeu suicídio e que o FBI não encontrou provas da existência de uma “lista de clientes”.
A declaração frustrou apoiadores de Trump, muitos dos quais espalham teorias da conspiração sobre o caso — algumas impulsionadas pelo próprio presidente. A cobrança dentro da própria base irritou Trump, que passou a se referir à lista de Epstein como “farsa” e “bobagem”.
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